16/06/2009

Boas práticas para tipografia

Critérios práticos para o design editorial e para a paginação

A tipografia dá imagem à palavra escrita, “veste” o texto. Hoje, sob o peso de uma crescente saturação visual e consequente ênfase dos conceitos verbais, a tipografia exige alta prioridade no design editorial. Esta secção discute uma série de regras e critérios a aplicar no design editorial e na paginação.



Características distintivas dos tipos: a “shape recognition” é essencial

Existem algumas características dos tipos que fazem que com alguns se consiga um texto bem mais legível que com outros. Estas características são, essencialmente:

  • o corte
  • as serifas
  • o contraste (na grossura do traço)
  • a cor (gray value)
  • o peso (weight)
  • o corpo (=o tamanho)
  • a altura-x
  • e ... certos rasgos de “personalidade individual” para várias letras (g,h,y, ...)

Todos estes parâmetros devem ser objectos de uma escolha consciente por parte do designer/paginador.

A legibilidade é melhor nos tipos com fortes características “pessoais”.

Um pequeno teste de comparação convence-nos rápidamente que os tipos serifados têm as mais fortes características “pessoais”. Vejamos: a fonte Garamond possui características que provocam um rápido e fácil reconhecimento das letras.

São particularidades resultantes do profissionalismo do gravador de punções Claude Garamond e de toda a evolução histórica que veio a seguir.

Ao fazer-se a Akzidenz-Grotesk (por volta de 1890, autor anónimo), a necessidade sentida em renovar o repertório tipográfico negou voluntariamente esse legado histórico, substituin­do-o por uma construção basicamente geométrica de caracteres com traço de grossura quase uniforme, sem contraste.

Escolha de fontes

Os critérios a aplicar para uma selecção de fontes variam substancialmente, consoante se trate de uma Corporate Typography, de uma sinalética, de um layout de jornal, de uma campanha publicitária, etc, etc.

Quando da selecção de fontes para um dado trabalho tipográfico, vários aspectos devem ser considerados:

  • A fonte pertence a uma família que proporcione todos os pesos e cortes necessários?
  • A fonte pertence a um clã de fontes que proporcione variantes com e sem serifa? (Este aspecto é importante na escolha de uma Corporate Tipography.
  • Aspectos históricos - lugar e ano de criação, autor, contextos em que foi utilizada desde sua criação.
  • Aspectos técnicos: será que o set de glifos incluiu todos os diacriticos e sinais de pontuação necessários?
  • Aspectos funcionais: legibilidade, que é a usabilidade das letras (design das letras, formas características, espaçamentos.
  • Estética, relação entre os diferentes caractéres e cortes.
  • Precisão do typeface design, definição de contornos, hints.
  • Relacão com outras fontes utilizadas no mesmo documento.
  • Aspectos de concordância (romano e itálico de uma mesma fonte)
Criando fontes: para quem gostaria de ter maiores noções nesse ramo, recomendo que acesse este site clique aqui um site holandês, onde suas matérias obviamente estão em inglês, mas é de muita importância o aprendizado ali oferecido de como fabricar suas typos !!

Fonte:
Rodrigo L. G. e
Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.

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